Esse poema foi composto a pedido da Irmã São Vicente de Paulo, mas tudo indica que a irmã não ficou satisfeita com o poema. Terezinha até tentou fazer outro poema, mas o seu modo de pensar em Deus e de fazer poesia não era compatível com os pensamentos da irmã.
- Sou apenas um grão de poeira,
Mas quero fixar minha namorada
À sombra do Santuário,
Com o Prisioneiro de Amor.
Ah! Pela hóstia minha alma suspira…
Eu amo e nada mais desejo.
É o Deus escondido que me atrai.
Sou o átomo de Jesus. - Quero ficar ignorada,
No aquecimento de todo o criado
E consolar com o meu silêncio
O hóspede do Cibório sagrado.
Oh! Quisera salvar as almas;
Dos pecadores, fazer eleitos…
Daí os ardores de um Apóstolo
Ao vosso átomo, doce Jesus!… - Se sou desprezada pelo mundo,
Se ele me olha como um nada,
Uma divina paz me inunda
Porque tenho a hóstia por sustentáculo.
Quando do cibório me achego,
Meus suspiros todos são ouvidos…
Ser um nada, eis aí a minha gloria!
Sou o átomo de Jesus…
Postaremos a segunda parte do poema em breve...